O homem, o trabalho e o mundo do trabalho
O profissional de recursos humanos tem como desafio principal, conciliar às expectativas / interesses / desejos / vontades / sonhos tanto do dono da empresa (ou o acionista), bem como das pessoas: os trabalhadores.
Este desafio é, em muitos casos, uma tarefa quase que impossível visto que, muitas das vezes, essas expectativas são distintas ou, em alguns casos, diametralmente opostas.
O objetivo deste artigo é o de fazermos uma reflexão sobre o trabalho versus o trabalhador e de sua relação no mundo do trabalho, numa perspectiva histórica.
Para iniciar esta reflexão devemos pontuar que o ser humano é o único ser vivo capaz de realizar sonhos. Só para citarmos um: o sonho de voar.
O homem não tem - em seu equipamento biológico - qualquer condição de voar. Porém, a partir de sua capacidade de sonhar e empreender, criou o avião e os outros instrumentos que possibilitam que o homem voe.
Por outro lado, trabalho é um fazer do homem. Só o homem trabalha, de todas as espécies animais. Porém, por outro lado, alguns povos da Antigüidade tinham o trabalho como algo impuro, indigno e desprezível. O trabalho não era uma atividade digna do homem livre. Cabia aos escravos as tarefas diárias, ou melhor, o trabalho.
A sociedade era dividida em animal laborans e o animal rationale. Acreditava-se, na época, que o animal laborans era, realmente, uma das espécies animais que viviam na Terra, na melhor das hipóteses a mais desenvolvida.
Se continuarmos progredindo na história, chegaremos à Idade Média. Lá o trabalho era visto como servidão. Onde os homens punham-se sob a proteção dos senhores da terra, prestando-lhes homenagens. È bom lembrar que a atividade produtiva era análoga às da Antigüidade Grega ( ou Clássica ).
O que diferenciava uma da outra é que, na Idade Média, o trabalho era visto como um bem. Árduo, mas um bem*.
O trabalho só vai receber um aspecto diferente e inovador com João Calvino**, que professa que o homem se