O homem tirânico
A concepção de homem diante do Livro IX da obra “A República” de Platão, nos solicita mencionar em que contexto a mesma está sendo problematizada, para melhor entender como se constitui este homem.
A obra “A República”, contém temas que abordam as áreas sociais, políticas e onde a educação constitui sua primazia, pois dela viria à formação de seus governantes e principalmente seus guardiões que possibilitariam a constituição de uma cidade ideal, mas o grande desafio que se apresenta para esta sociedade é a questão da justiça, apresentada no Livro IX onde as conveniências da tirania se apresentam como resultados da degradação da democracia proposta dos Livros anteriores.
No diálogo entre Sócrates e Gláucon, são descritas as transformações que as formas de governo podem causar diante das regras de um “Estado Comunista”, onde somente os governantes, guardiões e atletas teriam tudo em comum, sendo assim a forma ideal de governo seria aristocracia, pois supõe que estaria fundamentada no amor pela sabedoria, ao bem e a justiça.
Sócrates ao descrever a transformação desta sociedade ideal para uma visão degradante provocada pelo sofrimento causado pela “timocracia” onde o amor pelos os bens materiais, honras e poder despertaria na alma a sua parte tirana devido a ambição causada pelos desejos não necessários e conseq6entemente para a realização destes, conseqüentemente despertaria nas classes não aristocráticas, ou seja, nos pobres, a sua alma irascível, fazendo com que através da revolta destronasse a Timocracia a favor de um estado de Democracia e endo esta por base a liberdade e a ausência de princípios conduziria a uma anarquia e posteriormente ao uma tirania.
Diante desta alternância de valor, homem então passa a ser escravo dos seus desejos, sendo que o amor pela a justiça e pelo bem é substituído pelo amor ao poder, ao prazer, desta forma a cidade ideal degrada-se, pois há o esvaziamento das