o homem do saco

O HOMEM DO SACO1
Por Áureo João de Sousa2. Teresina-PI, Dezembro de 2012.
Resumo: Este Memorial Descritivo traz uma face de minha história de vida pessoal e as minhas relações estabelecidas - por imposições, e por escolhas filosóficas minhas - com as teorias com as quais eu tive contato e através de cujas influências eu acionei minhas identidades perante outras identidades e manifestações de alteridades com as quais eu estabeleci interações e relações, por negação e por afirmação. Considero, aqui, os primeiros contatos da minha existência a partir do lugar geográfico, cultural, étnico e econômico onde fui parido, enquanto tecido cultural determinado e determinador inicial para minha leitura de mundo e práticas sociais. Trago, junto, traços do meu percurso de aprendizagens e práticas sociais, inclusive acadêmicas, que me oportunizaram releituras, ressignificações e ressemantizações das dinâmicas e das representações sociais do lugar de origem e reaprendizados sem, no entanto, apartar-me completamente da origem locacional e do tecido cultural.

Palavras-chave: História de vida. Memorial Descritivo. O Homem do Saco. Áureo João de
Sousa.

Áreas de concentração: Antropologia. Antropologia Cultural. Filosofia da Cultura.

Eu vim no Saco, vivi no Saco e do Saco. Eu fui feito homem no Saco e
Homem do Saco.

Um

homem do Saco será sempre "Um Homem do Saco",

aconteça-lhe o que lhe acontecer, não apenas em proposições de Lógica Formal.
Quando ninguém mais o reconhecer como sendo "Um Homem do Saco", quando ele

mesmo hesitar sobre essa identidade, então ele próprio, ainda que em sonho ou meditação íntima, ou em viagem astral, reencontrará consigo mesmo. Se isso lhe escapa por completo, no dia em que pisar no Saco ou os olhos de alguém do Saco lhe alcançar, por bem ou por mal, será lembrado de suas marcas identitárias não apagáveis. Entenda essa história, se tiver paciência e sabedoria poética para caminhar com o jogo de palavras e