Apresenta Ao Kengass
1739 palavras
7 páginas
“O quotidiano não”Alexandre O’Neill
Introdução
Justificação da escolha do poema:
Todos os elementos do grupo já conheciam o autor mas queríamos saber mais sobre o seu tipo de escrita os temas sobre os quais escreve e ainda a sua biografia.
Estamos todos bem servidos de solidão.
De manhã a recolhemos do saco, em lugar de pão.
Pão é claro que temos
(não sou exageradão) mas esta imagem do saco contendo um pequeno «não» não figura nesta prosa assim do pé para a mão, pois o saco utilizado, que pode ser o do pão, recebe modestamente a corriqueira fracção desse alimento que é tão distribuído, tão a domicílio como o leite ou o pão.
Mas esse leitor aí
(bem real!) já diz que não,
que nunca viu no tal saco o tal «não».
Ao que o poeta responde, sem maior desilusão:
- Para dizer a verdade, eu também não...
Mas estava confiante na sua imaginação
(ou na minha...) e que sentia como eu a solidão e quanto ela é objecto da carinhosa atenção de quem hoje nos fornece o quotidiano «não», por todos os meios, desde a fingida distracção, até ao entre-parêntesis de qualquer reclusão...
Biografia do autor:
Nome: Alexandre Manuel Vahía de
Castro O'Neill de Bulhões.
Nascimento: 19 de Dezembro de 1924 em Lisboa.
Morte: 21 de Agosto de 1986 em
Lisboa.
Biografia do autor:
Estudos: Escola Náutica de Lisboa.
Profissões: Escritor, poeta e artista.
Episódios relevantes: Foi-lhe negado a cédula marítima por causa da sua miopia e foi várias vezes preso pela PIDE.
Obras: ”Amigo”, “O beijo”,” Portugal”, “O amor é amor”, “Mesa dos sonhos”.
Frase a comentar:
“De manhã a recolhemos do saco, em lugar de pão”
Interpretação do grupo:
•
No início de cada dia abraçamos a solidão e não a vida ou a vontade de viver.
•
Acordamos todos os dias a pensar que a vida não nos vai trazer nada de novo por isso não temos vontade de viver.
Desenvolvimento
Análise formal
Nível estrófico: Cantiga com nove quadras e um dístico.
Nível métrico: É constituído por
hexassílabos,