Cinema

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.ROTEIRO

E PLANEJAMENTO

Meu roteiro consumiu quatro dos oitos meses que levei para fazer o filme... (e) incluia todas as cenas... Descobri os atores meses antes, e procurei explicar-lhes da melhor forma possível o que era necessário para aparecer em um filme... Fazer um filme exige um esforço totalmente organizado e a única pessoa que sabe como todas as pequenas peças do trabalho se ajustam, é o próprio realizador do filme. — de The “Professional” Amateur Film por Kerry Levitt

Primeiro passo: encontrar uma idéia para um filme. Segundo passo: desenvolvê-la em um roteiro — talvez vários — como guia para filmagem e montagem do filme e preparação de trilha sonora. O valor de escrever um roteiro é idêntico ao valor de elaborar uma lista de materiais e uma planta para construir uma casa. O construtor usa a lista de materiais para empilhar madeira e tijolos — apenas o suficiente, não demais. Em seguida, consulta a planta para ver exatamente como a madeira e tijolos devem ser cortados e arrumados para produzir os corredores, armários e quartos da casa acabada. Da mesma maneira, o cineasta trabalha com base em um roteiro, para empilhar (filmar) uma metragem de filme aproveitável, apenas o suficiente, não demais. Em seguida, consulta seu roteiro para ver como a metragem deve ser cortada e arrumada (montada) para produzir o filme acabado. Um único roteiro pode servir como guia, tanto para a filmagem como para a montagem; ou o cineasta pode preferir escrever dois roteiros, um para ser usado diretamente na filmagem, análogo à lista de materiais do construtor e chamado roteiro de filmagem, e um segundo a ser usado para montagem, semelhante à planta e chamado roteiro básico. Qualquer construtor que erguesse uma casa sem planta, certamente produziria um desastre arquitetônico. Cineastas principiantes fazem encantadores filmezinhos sem outra orientação que a do instinto e paixão; com muita freqüência, porém, o filme sem roteiro, como uma casa sem planta, simplesmente