Perca do Nilo
Segundo a convenção internacional sobre a diversidade biológia, uma espécie introduzida pode ser qualquer espécie ou raça, intencional ou acidentalmente transportada e libertada pelo homem num ambiente fora da sua área de distribuição original.
A partir da década de cinquenta, os impactos ambientais acentuaram-se devido às introduções acidentais ou não, de espécies, nos diferentes tipos de ecossistemas. Estas introduções têm causado problemas ecológicos, tais como, a extinção de algumas espécies, mas também problemas económicos. Um desses problemas foi a introdução da perca do Nilo no Lago Vitória.
Lago Vitória e a Perca do Nilo
O Lago Vitória é considerado o maior lago tropical e o segundo maior lago de água doce no mundo em termos de área, com cerca de 68.870 km². Localiza-se num planalto elevado na parte ocidental do Grande Vale do Rift, na África oriental, entre três países: Tanzânia, Uganda e Quênia [ilustração 1].
Ilustração – Lago Vitória
No ínico da década de cinquenta, os britâncos decidiram introduzir novas espécies no lago, nomeadamente a perca do Nilo (Nilo Lates), com fim de melhorar os rendimentos de pesca, uma vez que se acreditava que este predador era rico em proteínas e seria mais útil e nutritivo para as comunidades costeiras do lago, do que as restantes 500 espécies de peixes pequenos e magros – ciclídeos. Esta iniciativa foi muito criticada por cientistas, uma vez que estes temiam que a falta de um predador natural fosse causar a destruição do seu ecossistema. Esta teoria veio a ser confirmada mais tarde.
A perca do Nilo começou-se a alimentar dos peixes locais, reduzindo o seu número. Deste modo o volume de algas, o alimento dos ciclídeos, aumentou em flecha. Consequentemente reduziu-se a luz e o oxigénio, ameaçando a sobrevivência de alguns peixes, que assim não tinham pequenas algas para se alimentar. Este problema foi resolvido mais tade através da introdução de um inseto (Neochetina eichhorniae)