O governo, juntamente com a iniciativa privada, pretende construir uma usina no Rio Xingu. Segundo o governo, a hidrelétrica traria benefícios, pois o gasto proporcional a produção de energia seria baixo, mas existem outras consequências que exigem o assunto ser repensado. Primeiramente, devemos considerar o espaço que a usina exige. O lago que alimentaria as turbinas de Belo Monte iria ocupar uma área de 90 mil campos de futebol, e, esses campos abrigam 440 espécies de aves e 259 mamíferos. Assim, esses animais perderiam seu habitat e correriam o risco de morrerem. Em segundo lugar, a usina exigiria a construção de um canal para a passagem da água, e, que ocupa muito espaço. Para a construção desse canal, seria necessária a remoção de 100 milhões de metros cúbicos da floresta. Percebemos então que o ambiente seria afetado novamente. Em relação aos gastos, a usina não produziria toda a energia estimada. Como a região possui períodos de seca, a produção efetiva de energia não seria a mesma da potência instalada ( produção efetiva- 4500 MW, potência instalada- 11233 MW). Assim, o Belo Monte não traria o lucro que tanto afirmam, tendo em vista que a sua produção de energia não será tão alta. A população da região teria que ser removida da área para a construção da obra. Essa remoção seria um desrespeito a cultura desse povo, e, geraria um grande caos social, pois iria remover 5988 famílias. A obra, então, causaria um impacto social muito grande. Quanto aos índios, eles seriam os mais prejudicados. Com o canal drenado da água, algumas regiões poderiam até mesmo secar; colocando em risco a vida de aproximadamente 1000 índios. Assim, a usina pode colocar em risco não só a vida de animais, mas também a vida de pessoas. O fato de não haver uma mão de obra especializada na região é outro problema. Os trabalhadores que iriam operar as máquinas viriam de fora da região. Sendo assim, a usina não proporcionaria um lucro direto para a população local,