O Futuro do Trabalho
O autor afirma que as organizações são imprescindíveis à sobrevivência social e humana, porém faz um questionamento entre sucesso e fracasso, relacionando-os ao estado de espírito dos funcionários e ao ambiente desumano gerado pelos modelos antigos ainda em prática. Considera a atividade humana como ponto chave das organizações assinalando que a atividade intelectual rotineira degrada o trabalho tão quanto a atividade muscular repetitiva. As idéias remanescentes levam a uma visão negativa do trabalho. Além dos preconceitos históricos, na sociedade pós-industrial a degradação se origina no modo como a empresa organiza o trabalho, com as mudanças no seu conceito, há possibilidades maiores para atividades terçarias e criativas, definindo um novo papel para o ócio. Mostra que é necessário fazer uma “distinção crítica” e reconhecer o trabalho como atividade digna e apaixonante. Hoje, a dimensão ociosa da vida é perturbada pela culpa e obsessão com o trabalho, gerando nos homens angustias e estresse. Para o autor, o trabalho tornou-se uma ideologia com valor em si mesmo, tenta santificar o trabalho levando-nos a envasar a palavra ócio com suspeita. Reafirmando o valor do ócio, critica a jornada de trabalho atual comparando-a com atividades permutativas voltadas para a sobrevivência e até com o trabalho da dona de casa, esse conceito voltado para o seu resultado mais imediato transformou-se em nossa época. Apenas alguns tipos são criativos e usam o conhecimento do trabalhador, outros ficam limitados ao perigo da demissão e da concorrência global. Ao analisar as mudanças ocorridas sinaliza que apesar dos novos valores incorporados e de haver livrado parte da humanidade da dor, cansaço e miséria, se pagou