O Futuro do Etanol
O mercado sucro-alcoleiro é muito dinâmico e de grande importância para a economia e política energética dos países. O Brasil é um dos maiores atores no contexto mundial da produção da indústria sucro-energética. Há uma crescente demanda mundial por fontes de energia limpa em substituição a energia fóssil. Esse trabalho se propõe a fazer uma análise histórica e dinâmica dos agentes econômicos da indústria sucro-alcoleira e trazer algumas reflexões sobre seu futuro dada a importância histórica que o setor tem para o Brasil.
As reflexões mundiais sobre o uso de biocombustíveis estão inseridas na agenda de muitos países, não só pela discussão da energia limpa nas suas respectivas matrizes energéticas mas também pelo valor dos produtos no desenvolvimento econômico.
Mostraremos aqui que a cana de açúcar e seu derivado, o açúcar, se inserem num cenário de grande produção para o Brasil, desde o século XVI, principalmente na região nordestina. E têm dado enorme contribuição a economia brasileira. No século XIX o Brasíl chegou a ser o maior produtor mundial de açúcar. A produção se expandiu drasticamente com o desenvolvimento da produção na região Sudeste já no século XX. Tal era a importância econômica do setor, que, em 1933 o governo cria o IAA Instituto do Açúcar e do Álcol para nortear a produção e os preços dos produtos.
Com o choque do petróleo em 1973 o governo brasileiro buscou uma solução estratégica para o país visando suprir a demanda de energia combustível no mercado interno. A solução baseada na produção do álcool combustível ou etanol como alternativa à crise de alta nos preços do petróleo da época somente foi possível em razão da avançada indústria açucareira existente no Brasil. O país criou uma nova política energética, investiu em infra-estrutura permanente, ofereceu subsídios e benefícios fiscais aos produtores e criou uma ampla rede de distribuição.
O Programa Brasileiro de Álcool (Proálcool) foi um grande sucesso com o