O fetichismo da Mulher Oriental
Fetichismo da Mulher Oriental
Puc Campinas
Dezembro/2013
Conforme os estudos históricos, o termo fetichismo foi mencionado pela primeira vez em 1756, pelo escritor francês Charles de Brosses em sua obra “Pela obra Do Culto dos Deuses Fetiches ou Paralelo da Antiga Religião do Egito com a Religião Atual da Nigritia”, a onde o sentido desse termo é usado para caracterizar um tipo de pensamento mágico fundamentado por crenças supersticiosas encontradas em algumas sociedades, designando-as como sociedades “primitivas” em contraposição às outras sociedades “esclarecidas”, na qual esse pensamento não se manifestava. Com efeito, o fetichismo se refere a um tipo de pensamento que operaria através de cultos de objetos inanimados, de divinizações de animais e de fenômenos irregulares da natureza. O fetichismo passou a ser usado por Karl Marx em “o Fetichismo da Mercadoria”:
“A mercadoria é, antes de tudo, um objeto exterior, uma coisa que, pelas suas propriedades, satisfaz necessidades humanas de qualquer espécie. Que essas necessidades tenham a sua origem no estômago ou na fantasia, a sua natureza em nada altera a questão. Não se trata tão pouco aqui de saber como são satisfeitas essas necessidades: imediatamente, se o objeto é um meio de subsistência, [objeto de consumo,] indiretamente, se é um meio de produção. - O Capital. cap 1. Karl Marx” Os recursos estéticos da mídia e o acesso ao consumo podem funcionar tanto como elementos de cidadania, democratização e comunicação, como de exclusão elitista, via códigos, simultaneamente rígidos e sutis, que se tornam verdadeiros fetiches, mais importantes que o corpo. Se observarmos o desdobramento das relações entre o corpo e a mídia a partir dos anos 90, verificamos muitas transformações no imaginário desta conexão. A midia dos anos 90 estava inscrita no contexto de uma representação rígida,