orçamento

No setor privado, o conceito de investimento está intrisicamente relacionado ao retorno, ou seja, ao lucro. Dessa forma, o ato de investir possuiria apenas a valência positiva do ganho monetário, sem levar em consideração os riscos inerentes ao ato de investir, que seria a valência negativa.
Conceitualmente, investir consiste em renunciar a um consumo no presente em troca de uma promessa de retorno no futuro, podendo ter ou não um estudo de viabilidade econômica. O investimento se apresentaria rentável, de forma a obter o maior retorno possível, considerando os critérios financeiros – disponibilização de recursos - na sua formulação e análise.
No caso das empresas, elas possuem ativos alternativos para investimento, mas também não possuem recursos suficientes para investir em todos que são viáveis. Nessa situação, a empresa precisa escolher os ativos que irão formar a carteira de investimentos, de forma que as limitações orçamentárias sejam respeitadas.
Todavia, no setor público, existem peculiaridades importantes. Além das muitas diferenças entre os tipos, quantidade e a qualidade de investimentos, entre as regiões e os estados da Federação a serem benefeciados, há também o aspecto político no tocante a decisão do quê e no quê investir e, principalmente, as infinitas demandas da sociedade e as profundas restrições orçamentárias e fiscais do país ao longo de sua história.
Cabe ainda destacar que o principal objetivo das políticas públicas é a promoção do bem público. Logo, mensurar de forma adequada o retorno de um investimento no setor público não é uma tarefa fácil, já que os bens são, em sua maioria, indivisíveis.
As últimas décadas foram marcadas por transformações na estratégia de defesa nacional, relacionadas também com as mudanças ocorridas no âmbito político-institucional, a partir da promulgação da Constituição de 1988. Simultaneamente, o país passou por grave crise na área econômico-financeira na década de 80 e 90, enquanto houve o aumento da