O fetiche da mudança
O conceito de mudança, atualmente, é visto como o ponto mais importante do senso comum e do real conhecimento das organizações, assim como no meio acadêmico quanto na pratica empresarial. A invocação da mudança é freqüentemente vista na recente literatura sobre gestão e administração, que pode ser descrita como um fetiche. E não é apenas nos livros de negócios que as noções de mudança são colocadas, a força do fetiche da mudança vêm também os artigos de revistas e jornais. Teorias de como a de que o mundo está mudando cada vez mais rápido e as organizações devem acompanhar estas mudanças, pois as que não responderem a tais mudanças não sobreviverão em face de competição. Christopher Grey acredita que há algumas razões para questionar este senso comum em relação à mudanças, como por exemplo a crença de que vivemos em tempos de mudanças sem precedentes, esta presente em muitas épocas, talvez em todas elas. Pois se for comparado com períodos do passado, verão para aqueles da época, a percepção de que o mundo esta mudando de forma surpreendente e sem precedentes. Também existe um senso comum em olhar para passado como uma “época de ouro” em que era considerado um período de estabilidade , ordem e moralidade. Contudo, esta visão de “ambiente estável” não é valida, pois esta compreende como o período de 1945 à 1974 e neste mesma época ocorreu a Guerra Fria, a corrida armamentista, a descolonização, entre outros acontecimentos. Em relação a gestão e ao pensamento organizacional, é preciso compreender algumas metáforas que têm por efeito legitimar o fetiche da mudança, como uma das principais, a metáfora orgânica, que enfatiza primeiro a idéia de organização como algo distinto de seu ambiente, e segundo a necessidade de adaptação da primeira em relação ao segundo. Também outra metáfora importante, é a metáfora da organização como um organismo, de Darwin, em que as organizações devem se adaptar ao ambiente, pois as empresas que não