fetiche do patrimonio
O FETICHE DO PATRIMÔNIO
O artigo de Mariza Veloso escrito para a Revista HABITUS (Goiânia, v. 6, n. 1, p. 437-454, jan./jun. 2006) demonstra o que parece se tornar cada vez mais comum em nossa sociedade atual o processo de patrimonializaçõa como forma de “bem de consumo” ou ainda a fetichização das formas de manifestação culturais.
Mariza Veloso possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de Brasília (1977), mestrado em Antropologia pela Universidade de Brasília (1981) e doutorado em Antropologia pela Universidade de Brasília (1992). Pós-doutorado na New York University (2002-2003) em Estudos Urbanos.
Seu artigo fala sobre o risco de transformar o patrimônio cultural em uma mercadoria de consumo, e como foi a construção desse patrimônio, para quem e os interesses que perpassam por traz desse processo. Também descreve sobre o fetiche apontando para outra forma de fetiche como colecionismo. Para melhor compreensão do assunto foi divide-os em três subtítulos: O conceito de Fetiche, Patrimônio Imaterial: O conceito de Referencia Cultural e o Desafio do Fetiche.
A autora começa descrevendo os perigos do patrimônio e sua transformação para então um “bem de consumo”, descaracterizando o significado em si, apontando como um dos principais problemas o capitalismo que comercializou a cultura e introduziu no subconsciente a ideia de que a consumo agencia a distinção social, distorcendo o conceito básico que apresenta o patrimônio como um conjunto de relações sociais definidas historicamente, que propaga as diversas experiências coletivas. Assim Mariza nos apresenta a ideia do fetiche do patrimônio, citando outros autores como, por exemplo, Karl Marx, sua teoria do fetichismo da mercadoria, dentre outros. Que explana sobre o “deslocamento simbólico” onde Marx explica sua teoria a partir do valor que se dá as “coisas”, e as relações pessoais assumem um valor. Contudo ao contrario desse