A arquitetura contemporânea e a sociedade histórica
Estúdio Intermediário Museus
Trabalho Integrado
A ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA E A SOCIEDADE
HISTÓRICA
Camila Laud dos Passos Candian
Resumo Desde que a preservação do patrimônio histórico se tornou um assunto recorrente, que lidamos com sérios problemas em relação aos graus de tombamento e o que pode ser feito no edifício. Uma vez que intervenções no patrimônio não são como receitas de bolo, pode-se cometer os chamados falsos artísticos ou mesmo a desfiguração completa do edifício tombado. Deve-se restaurar somente a matéria, sem cometer falso artístico, sem intervir ou modificar o original da obra, levando em conta as instâncias estéticas e históricas do edifício. Para preservar essas instâncias, mantendo a autenticidade da obra, nem sempre é preciso usar os mesmos materiais e técnicas. Ás vezes, deixando clara a transição entre original e restaurado, mostrando a intervenção, preserva-se a autenticidade muito mais do que se usados os mesmos materiais, imitando uma instância histórica. Isso é o chamado “falso artístico” de Brandi. Da mesma forma, falsos artísticos são cometidos quando uma obra é construída nos dias de hoje imitando determinado estilo do passado, apenas para manter o cenário “centro histórico”. Isso pode ser chamado de “congelamento acrítico”, onde uma sociedade finge viver em uma época passada. Dessa forma, essas pessoas passam a desprezar o que é novo. Tal atitude é baseada em sentimentos nostágicos. Entretanto, tudo isso é fruto de uma mídia que, atualmente, tornou a preservação do patrimônio uma atitude de fetichismo, sem entender as diversas ramificações que as várias cartas patrimoniais e teorias do patrimônio podem oferecer. Nesse trabalho, será possível perceber um pouco a diferença entre as teorias de Brandi e alguns exemplos de suas aplicações. Também será possível ver como o congelamento acrítico interfere na vida urbana e como uma obra