O fetiche da mudança
Resenhado por:
Paulo Vinícius Pereira Oliveira
Universidade de Brasília
Teoria e Análise das Organizações
Christopher Grey, em seu texto: “O fetiche da mudança”, (2004), relata a respeito de um tema bastante conhecido dos estudantes de Administração: “as mudanças que o mundo supostamente enfrenta à taxas cada vez mais rápidas”. Grey levanta uma discussão sobre a existência dessas mudanças, e afirma que estas são ocasionadas na verdade, pelas próprias ações das organizações (GREY, 2004.p.1) e debate sobre até que ponto realmente são tão intensas ou mesmo importantes quanto se costuma ouvir. Christopher, diferentemente de outros autores, levanta a suspeita de que a recorrente expressão: Adapte-se ou morra, talvez não seja verdade (GREY, 2004.p.23). Ainda segundo o autor, os demais autores apenas repetem uns aos outros, sem se questionarem sobre aquilo que dizem, enquanto sua intenção é levar a uma revisão desta realidade. Grey em suas ideias, vai contra autores bastante prestigiados e conhecidos, como o CEO da General Electric, Jack Welch , que em seu livro “Os 29 segredos de Jack Welch” (SLATER, 2001), afirma a mudança como uma norma, e o ambiente empresarial algo em constante mutação, estando os líderes empresariais que tratam a mudança como um inimigo, fatalmente condenados ao fracasso em suas atribuições (p.21). E vai também contra as afirmações de KOTTER, J. P. , que em seu livro “A force for change: How leadership differs from management”, 1990; afirma que as mudanças ocorrem continuamente em suas mais diversas áreas , numa velocidade fantástica e obrigam as organizações a grandes transformações (p.1). Exatamente o oposto do que Grey defende em sua obra. No princípio, iniciei a leitura do texto com um certo grau de desconfiança, pois imediatamente o autor assumia uma posição que era contrária ao que durante toda minha estadia acadêmica me vinha