O fazer educativo hoje – libertação ou domesticação?
No ambiente escolar há uma grande divergência de opiniões sobre qual realmente é a função dos pedagogos e da escola. O aluno deve ser preparado para um melhor convívio social, para se sentir preparado para o mercado de trabalho, ou para uma melhor formação intelectual? Além das divergências dentro da escola sobre qual a real função da educação, também há o equívoco de se colocar toda a responsabilidade da educação na escola, tirando assim, o papel dos pais, que são fundamentais para uma educação que já vem desde a primeira infância.
É possível concordar que a educação evoluiu e muito e que a tecnologia tem um papel importante nesse processo, mas há muitos desafios a serem vencidos. Segundo Rui Canário, com a tecnologia houve um retrocesso na educação politicamente falando, há uma divergência entre professores e tecnologia.
Não se sabe se por estarmos em um mundo capitalista, em que tudo gira em torno de produções, a escola vem sendo tida como uma grande linha de produção como uma fábrica. Ela se tornou uma Escola de Massa, com símbolos que se referem a uma indústria, como exemplo, anos que se denominam série, disciplinas, tudo fragmentado e até o sinal que ouvimos entre uma aula e outro, remete ao som do sino de uma fábrica.
A impressão de uma prisão ou de um reformatório, também é tida nos muros de uma escola, existem as grades curriculares e as avaliações que dão a impressão de que o aluno tem que provar que é “inocente” de alguma coisa. A ideia de que ir à escola é um modo de castigo, que são penalizadas indo para as aulas, afinal, se colocou a ideia de que o motivo das crianças irem à escola é para elas não ficarem nas ruas e não se envolverem com drogas.
Os conhecimentos passados nas disciplinas escolares deveriam interagir com o dia a dia dos alunos. Fundamentos e pensamentos que tratam da vida, pois quanto mais o conhecimento é distante das nossas fronteiras, maior ele é. E será que é possível