O ESTADO E O SERVIDOR PÚBLICO
Sou da geração cara pintada, geração essa que em meados do ano de 1992 reivindicava o impeachment do então Presidente da República Fernando Collor e que foi atendido prontamente pelo Congresso Nacional da época. Hoje, vivenciamos um movimento sem precedentes na história aonde a população vai à rua para solicitar melhorias na prestação dos serviços públicos. Mas o que isso tem a ver com Gestão Pública? Tem a ver com um passado e com o presente, salvo algumas exceções, em que as políticas públicas no Brasil não são levadas a sério, não há seguimento nessas políticas, corrupção, interesse particular acima do público resultando num Estado falido, que não consegue suprir as necessidades básicas de seu povo, mesmo sendo um dos países líderes na cobrança de impostos.
Mesmo com todos esses problemas não é correto afirmar que a atual conjuntura é consequência de Gestores Públicos incompetentes. Tenhamos como exemplo os dois últimos Presidentes do Brasil. Ambos estiveram a frente 08 anos como Presidente da República. De um lado o ex-presidente Fernando Cardoso de Mello, estudioso, professor universitário, cientista político, socialista e membro da Academia Brasileira de Letras e do outro lado o ex-presidente Lula, homem simples, metalúrgico e sem estudos. Será que é possível afirmar qual deles foi melhor Gestor? Se deixarmos nossas convicções políticas de fora, sem paixão, essa pergunta não terá resposta. Os dois tiveram sucessos e também tiveram fracassos ao longo de seus mandatos.
Lógico que o exemplo utilizado foi macro. Sabemos que o Presidente da República tem um batalhão de assessores para aconselhar, e certamente não toma as grandes decisões sozinho. Mas tragamos o exemplo para os nossos Municípios.
A comparação entre os ex-presidentes é importante para podermos concluir que estudo ou a falta dele não é garantia para um Gestor ser bom ou ruim. Tal afirmação se comprova pelo fato de ser humanamente impossível uma