O disponível
Como sempre, nós latinos estamos na contramão da história, principalmente quando o tema é “relação de trabalho”. Já começa pelo título, pois, na verdade, no sentido oposto aos países desenvolvidos, no Brasil, no que se refere a relação profissional, não existe “Contrato de Trabalho”, o que temos em nosso País é o famoso e arcaico “Contrato de Emprego”. Qual a diferença? A diferença é que nos países desenvolvidos o Contrato é de Trabalho, ou seja, o indivíduo vale pelo que ele traz de retorno para a instituição, tanto a nível de criatividade quanto a nível de produção e, para que este objetivo seja alcançado, pouco importa quantas horas ele trabalha, pouquíssimo importa a que horas ele começa e a que horas ele termina seu expediente. Trata-se de uma relação pautada na fidelidade, onde objetivos e metas são traçadas e mãos a obra. Ínumeras são as empresa que praticam o home office. Parece utopia? Não, apesar deste texto não ser um estudo científico, ele foi pautado nos exemplos de grandes corporações como Microsoft, BMW, General Motors, etc. Já no nosso país o que prevalece é o contrato de “emprego”, ou seja, o sujeito é valorizado não pelo que representa intelectualmente. Ele vale pela sua disponibilidade, resumindo, se ele entra no horário correto, não sai antes da hora e não falta, pode-se considerar o funcionário perfeito. Agora, o que ele faz nesse interim, pouco importa. A sua avaliação é feita pela sua disponibilidade e não pela sua dedicação e seu intelecto. Lamentável, pois muitas vezes, um funcionário que costuma chegar atrasado ou até mesmo sair antes da hora, produz e contribui para a empresa muito mais que àquele dedicado “disponível”. Mas pra se chegar a este ponto os empresários ainda têm muito que evoluir, pois o princípio básico da existência humana, especificamente no campo “trabalho” não esta no tamanho do salário, não esta na quantidade de benefícios que a empresa oferece, esta na capacidade que a empresa tem de fazer com que este