O diretor enquanto gerente
É principalmente nos momentos de crise que a situação de conflito do diretor de escola pública se da com maior clareza, na medida em que ele se vê situado entre as reivindicações do professor e doa usuários da escola e as exigências do Estado que pressiona a “cumprir a lei”. O Estado se faz mais visível e contundente em sua pressão sobre a escola é na maneira burocratizada com que se relaciona com a unidade escolar, o elemento mais notável dessa burocratização é o acúmulo de trabalho que ela acarreta a direção e a secretaria. A burocracia é tão grande que o diretor acaba perdido no meio da parte burocrática. Certas determinações se sucedem umas contrariando as outras e ao diretor acaba não restando tempo para atender os problemas da escola. Considera-se que, apesar da ineficiência do controle burocrático, não é difícil avaliar as escolas, porque o que se pede delas com relação ao nível de ensino é muito pouco. Pressionado pelas exigências burocráticas e desamparado pelos órgãos do sistema no que tange à supervisão pedagógica, o diretor se vê sem tempo nem condições para cuidar dos assuntos que dizem respeito diretamente ao processo ensino aprendizagem. Em várias pesquisas feitas sobre esse assunto que uma das principais dificuldades de um coordenador pedagógico é o não envolvimento do diretor no acompanhamento das ações pedagógicas da escola, pois com a sua ausência, o coordenador pedagógico não pode tomar nenhuma decisão importante, nem sugerir algo antes de falar com o gestor, pois está sempre ausente da escola, envolvido mais com a parte financeira e administrativa. E essa dificuldade se da também porque na Unidade Escolar não tem um coordenador financeiro, ficando essa parte para o gestor. Outra dificuldade é que todos os outros assuntos relacionados à escola na ausência do diretor ficam na responsabilidade do coordenador pedagógico. O gestor deve ser um profissional