o dilema do onivoro
Graças a linguagem podemos nos comunicar socialmente, compartilhar experiências, adquirir valores, regras, obter explicações às nossas indagações, aprender conscientemente formando e reconhecendo conceitos, etc. É por meio dela que a criança pode planejar sua ação, resolver seus problemas.
Para Vigotski o homem é um ser social, constituído nas e pelas interações que estabelece sujeito ativo que atribui e recebe significados. A interação com outros indivíduos tem uma importância fundamental. Com sua concepção interacionista, descreve que é por meio da relação do homem com os outros, com a natureza e com a história dessas relações, que este se humaniza.
Um elemento importante para Vigotski é a linguagem “porque tem a função de comunicar, regular o comportamento, planejar a ação e generalizar conceitos e experiências”. Sem o desenvolvimento da linguagem (externa, egocêntrica e interna), a criança possivelmente não conseguirá comunicar-se, estabelecer relações, organizar o pensamento, planejar a ação.
Já nos primeiros anos de vida, em interação com a mãe, a criança recebe informações e atribui significado as mesmas. Essa interação (mãe/bebê) tem um efeito significativo na aquisição da linguagem oral.
Nos últimos anos, estudos científicos evidenciam que é bem maior o papel do ambiente. Mostram que a linguagem oral se desenvolve quando a criança entra em contato com um meio social de falantes.
Sabe-se que a fala é natural e espontânea. A interação entre os aspectos biológicos (aparatos lingüísticos) com os aspectos sociais tem um papel fundamental para o processo de aquisição da fala, ou seja, é inserido em um contexto sócio-histórico e cultural que o individuo adquire a linguagem oral.
Em contrapartida, a aprendizagem da linguagem escrita não é natural, ou seja, não é adquirida espontaneamente em um meio social. A criança que não dispõe de um ensino explicito da leitura e da escrita, possivelmente apresentará dificuldades na