Trabalho de economia
A grande escassez
De 2010 a 2050, a população mundial deverá crescer 38%. O mundo poderá aumentar a produção de alimentos nesse ritmo?
Robert J. Samuelson*
O texto refere-se a um crescimento populacional de 38% até o ano 2050.
Esse crescimento pode não acompanhar a produção alimentícia, ou seja, a demanda mundial de alimentos está entrando em choque com a oferta que está reduzida. A elevação dos preços ou a diminuição da oferta, podem desestabilizar os países pobres e desencadear disputas mundiais por gêneros alimentícios.
À medida que os países vão se modernizando, as pessoas deixam de comer grãos diretamente e passam a consumir indiretamente nas carnes e lacticínios.A escassez alimentícia poderá entra em colapso se a natureza e a tecnologia não restaurarem o equilíbrio ideal entre a oferta e a demanda, haverá que tudo indica conseqüências dolorosas para as pessoas. Na verdade, a crise dos alimentos é fruto do desequilíbrio na relação econômica entre oferta e procura. Há uma diminuição na oferta de produtos e uma maior procura, o que encarece a mercadoria. Imagine que uma safra de tomates seja perdida devido a enchentes. E que a demanda pelo produto tenha crescido. Com menos tomates no mercado e mais gente querendo comprar, os comerciantes irão cobrar mais caro pelos estoques.
Mas quais são as causas desse desequilíbrio na economia mundial dos alimentos?
Do lado da demanda, há um constante aumento do consumo de alimentos. Isso ocorre por dois fatores principais.
Primeiro, o crescimento da população mundial, que hoje é de 6,9 bilhões. Apesar do número de habitantes do planeta ter registrado uma queda de 1,2% no ano passado, ele quase dobrou desde os anos 1970. E, para as próximas quatro décadas, estima-se 80 milhões de bocas a mais para alimentar a cada ano.
Em segundo lugar, aumentou também o consumo de alimentos – grãos, carnes, leite e ovos – em países em desenvolvimento, como a Índia e o Brasil. Na