O desenvolvimento do conceito de cultura
O autor cita a primeira definição de cultura, formulada por Edward Tylor em 1871. Trata da igualdade da natureza humana que pode ser estudada através da comparação das raças do mesmo grau de civilização. Explica a diversidade cultural com resultado da desigualdade de estágios no processo de evolução. Estabeleceu uma escala de civilização, onde as nações européias eram colocadas em um dos extremos e as tribos selvagens em outro, o restante da humanidade estaria numa situação intermediária.
Essa teoria se explica pelo momento histórico em que Taylor viveu, pois sofria impacto da Origem das Espécies de Charles Darwin. Defendia a idéia de que a cultura desenvolve-se de maneira uniforme, todas as sociedades teriam que percorrer os passos de outras sociedades mais avançadas, assim se estabeleceu uma escala evolutiva classificando as sociedades hierarquicamente. Dessa forma a sociedades eram classificadas de maneira discriminatória, pois a sociedade européia era tratada como superior e que todas as outras deveriam seguir seus passos.
A reação a o evolucionismo deve a Frans Boas, pois desenvolveu o particularismo histórico. Defendia que cada cultura segue os próprios caminhos em função dos diferentes eventos histórico que enfrentou, o que diferencia do evolucionismo que explica a cultura com um sentido (unilinear), conforme Boas sua abordagem ocorre de forma multilinear.
Alfred Kreber, através de seu artigo “O Superorganico” demonstrou que graças a cultura o homem se distanciou do animal e passou a ser considerado um ser acima de suas limitações orgânicas.
Kroeber tinha preocupação de evitar a confusão entre orgânico e o cultural, pois o homem depende muito do seu sistema biológico e possui funções vitais, com alimentação, respiração e etc. Funções estas que são desempenhadas por toda humanidade, porém a maneira de realizá-las varia de uma cultura para outra. Assim os comportamentos não são biologicamente determinados e