O Desenvolvimento da linguagem

Desenvolvimento da linguagem

Nenhuma espécie desenvolveu um sistema de comunicação tão complexo quanto a linguagem. Qualquer humano, desde que não tenha suas faculdades danificadas é capaz de aprender a falar apenas por interagir com outros seres humanos.
“Por mais isolado que esteja não existe grupo social humano sem linguagem (Miller, 1981)” (p. 160)
Para entender melhor como as crianças aprendem a falar é necessário esmiuçar a linguagem, em seus diferentes componentes e entender como ocorre a aquisição de cada um deles.

Dentro do desenvolvimento fonológico faz-se a diferenciação entre a percepção e a produção da fala. A capacidade de perceber a fala, discriminar fonemas, reconhecer unidades maiores, parece de um ponto de vista lógico, prévia a capacidade de produzir as primeiras palavras, parecendo assim, ocorrer evolutivamente.
Desde muito cedo os bebês começam a captar as diferenças existentes entre os diferentes fonemas da língua.
Através de pesquisas e testes, pesquisadores evidenciaram que bebês de seis meses podem discriminar todos os fonemas da língua e não só da sua, mas de qualquer língua humana, porém a capacidade psicoacústica com que viemos dotados ao mundo pode ir se perdendo na ausência de experiência.
Aos três meses as crianças produzem sons do tipo gutural, chamados gorjeios e aos seis meses produzem balbucio, sendo que, este produz sons semelhante a vogais e consoantes que se repetem de forma rítmica como, por exemplo, dadada. Aos oito ou nove meses os bebês começam a produzir “formas foneticamente consistente” ou protopalavras. Que são formas com com estabilidade fonética, porém as protopalavras começam a ser produzidas em circunstancias diversas.
Os doze meses as primeiras palavras começam a aparecer.
“Uma primeira estratégia utilizada pelas crianças, e que da como resultado uma evidente simplificação das palavras adultas, é a clara existência de preferências por certos sons.” (p. 162)
Dentro do repertório das primeiras 50