Estudo de uma coloração rosa em substrato pétreo 4
4.1 Diagnóstico da patologia do substrato
A principal patologia da pedra calcária da Igreja descrita como uma coloração rosa presente em várias paredes interiores. Esta coloração tem vindo a progressivamente com o tempo, o que nos fez colocar a de a sua origem ser biológica.
pode ser das suas aumentar hipótese
Embora a coloração seja sempre rosa, a sua intensidade não é constante, sendo mais clara em certas zonas e mais escura noutras (Fig. 5). Por vezes, numa mesma área da Igreja, surgem-nos ambas as situações.
(a)
(b)
c)
Fig.5: As fotos ilustram diferentes intensidades da coloração rosa presente nas paredes da Igreja.
Acresce que a coloração não se desenvolve de modo uniforme. Na maior parte dos casos parece ter um movimento ascendente, ou seja, desenvolve-se de baixo para cima. Contudo, em certas situações este tipo de crescimento é descontínuo, apresentando zonas de interrupção ao longo de uma mesma parede, como se apresenta na Figura 6.
Estudo de uma coloração rosa em substrato pétreo
(a)
(b)
Fig.6: Crescimento descontinuo da coloração rosa nas paredes da Igreja; movimento ascendente da coloração rosa nas paredes da Igreja.
Uma situação distinta consiste no crescimento localizado da coloração rosa, como acontece em algumas zonas da cornija e dos frisos da parede Oeste e ainda junto à janela na zona da capela-mor e por baixo dos púlpitos da parede Este.
(a)
(b)
(c)
Fig.7: Crescimento localizado da coloração rosa em algumas zonas da cornija e dos frisos da parede Oeste e junto à janelas na zona da capela-mor na
Igreja.
O diagnóstico da patologia do substrato permitiu-nos efectuar uma avaliação correcta da contribuição biológica para a deterioração da pedra da Igreja. De acordo com Warscheid
(2000), essa avaliação pressupõe o conhecimento da história do edifício e dos tratamentos a que ele foi sujeito, bem como uma descrição do tipo de pedra usado.