O desejo de ensinar e a arte de aprender
A primeira parte do livro é composta por seis crônicas sobre educação. O autor relata na crônica inicial, que a curiosidade é a coceira que dá no cérebro, Afirma, que todos os homens, enquanto crianças têm, por natureza, desejo de conhecer. Para as crianças o mundo é um vasto parque de diversões. As coisas são fascinantes, cada coisa é um convite. Em uma outra crônica, o autor expõe seu pensamento de que as escolas fazem as crianças aprenderem aquilo que elas não querem aprender. As crianças têm muitas curiosidades e cabe a escola, ao professor levar a sério as perguntas que as elas fazem do que as respostas que os programas querem fazê-las aprender. O autor opina que as perguntas que fazemos revelam o que queremos aprender. As perguntas que os alunos fazem revelam uma sede imensa de conhecimento. O autor se preocupa com aquilo que as escolas faziam com as crianças, mas agora se preocupa com aquilo que as escolas fazem com os professores, pois estes perderam a curiosidade em buscar, em conhecer, isso devido aos programas que devem seguir. As instituições são criações humanas. Podem ser mudadas. E se forem mudadas os professores aprenderão o prazer em ter curiosidade e fazer perguntas. Numa outra crônica o autor diz que há muitos anos sugeriu que para se entrar numa escola, alunos e professores deveriam passar por uma cozinha. Pois assim como precisamos ter fome para comer, é preciso os alunos e os professores ter estímulos para aprender e ensinar. Ele afirma que toda experiência de aprendizagem se inicia com uma experiência afetiva. Para o cérebro pensar é preciso estímulos. A tarefa do professor é a mesma de uma cozinheira: antes de dar a faca e o queijo ao aluno é preciso provocar a fome. Em uma outra crônica, Rubem Alves aborda sua preocupação em os professores estarem sempre conversando e discutindo sobre programas e pesquisas, deixando de citar