o desejo de ensinar e arte de aprender, Rubem Alves

A curiosidade é o que impulsiona a aprendizagem, os olhos veem e o cérebro processa e surge a curiosidade e a curiosidade vem do desconhecido. No texto, o desejo de ensinar e arte de aprender, Rubem Alves fala que “Pensamos para decifrar o enigma da visão”, porém para Rubem Alves essa curiosidade está mais presente no mundo das crianças que ainda não foram “deformadas”. Ele fala que a escola deforma, pois obrigam a seguir um determinado programa e isso faz com que perca o fascínio, ensinam o que não querem aprender.
As crianças querem aprender além do que está determinado pela escola, Alves descreve vários exemplos de perguntas feitas por crianças que comprovam isso, como “Por que o mundo gira em torno dele e do sol? Por que a vida é justa com poucos e tão injusta com muitos? Por que o céu é azul? Quem foi que inventou o Português? Como foi que os homens e as mulheres chegaram a descobrir as letras e as sílabas?”.
“A verdadeira cozinheira é aquela que sabe a arte de produzir fome”, então poderíamos dizer que o verdadeiro e bom professor é aquele que sabe a arte de produzir a curiosidade, a vontade de aprender. É importante fazer perguntas, antes de dar respostas, Rubem Alves fala que “O pensamento é a ponte que o corpo constrói a fim de chegar ao objeto do seu desejo.” Logo, se der a resposta antes da pergunta o pensamento não será estimulado “A maneira mais fácil de abortar o pensamento é realizando o desejo”. Ele fala que conhecimentos nascem do desejo.
No capítulo “Não é próprio falar sobre os alunos”, Alves fala sobre a ausência dos alunos nos assuntos dos professores, onde na verdade deveria ser assunto principal. Rubem Alves faz uma crítica a esses professores que acham que é mais importante publicar artigo do que estimular e ensinar os alunos.
“Quando se admira um mestre, o coração dá ordens à inteligência para aprender as coisas que o mestre sabe. Saber o que ele sabe passa a ser uma forma de estar com ele”. O professor precisa ser admirável,