O DESAFIO DO ENSINO DE FILOSOFIA NO ENSINO BÁSICO
CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA
SUZI LILIANE PAMPLONA REIS NOBRE
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
MACAPÁ-AP
JUNHO/2011
EDUCAÇÃO EMANCIPADORA OU AQUELA QUE EMBRUTECE?
Este trabalho tem por objetivo trazer questionamentos relacionados à Filosofia da Educação, que atualmente vem ocupando menos espaço nos cursos superiores e fazendo destes, uma disciplina doutrinária, superficial com caráter somente de repasse de conteúdos, onde na verdade deveria assumir um papel importantíssimo dentro da escola, porque remete um movimento de auto-reflexão tendo seus fundamentos na prática educativa. É como se fosse uma auto-avaliação da educação para que se tome consciência da necessidade de transformação.
O texto base para a produção deste trabalho é de Walter Omar Kohan, o qual lança mão do texto O mestre ignorante de Jacques Rancière. Nesta obra, ele sugere uma nova maneira de praticar a filosofia da educação, fundamentada no pensamento, filosofia no ato, sem esquemas e lógicas, o que gera pensamentos singulares. Também afirma que devemos questionar tudo e principalmente nós mesmos educadores, nossas metodologias, nossas avaliações e etc .
E nessa tentativa de se auto avaliar e analisar o papel que temos assumindo em sala de aula vamos com certeza nos depara com uma antiga tradição que até hoje está impregnada nas nossas escolas, independente dos níveis. A bastante tempo a escola faz uso do processo de ensino e aprendizagem onde o professor atua como transmissor de conhecimentos, é como se o mestre fosse detentor de todo o saber e repassa seus conhecimentos e domina a aprendizagem de tal maneira que resta somente ao aluno assimilar o conteúdo e repassar depois tudo o que aprendeu. É nesse sentido que se entende por uma educação que embrutece, uma educação que dificulta uma postura crítica e o desenvolvimento da autonomia.
Na obra de Rancière, Jacotot, personagem principal de