O dadaísmo
Negando todas as tradições sociais e artísticas, o Dadaísmo tinha como base um anarquismo niilista e o slogan de Bakunin “a destruição também é criação“, contrários à burguesia e ao naturalismo, identificado como “a penetração psicológica dos motivos do burguês“, buscavam a destruição da arte acadêmica e tinham grande admiração pela arte abstrata.
O acaso era extremamente valorizado pelos dadaístas, bem como o absurdo. Tinha tendências claramente anti-racionais e irônicas. Procurava chocar um público mais ligado a valores tradicionais e libertar a imaginação via destruição das noções artísticas convencionais.
Acredita-se, ainda, que o pessimismo do Dadaísmo venha de uma reação de desilusão causada pela Primeira Guerra Mundial. Apesar de sua curta durabilidade - no período entre guerras, praticamente havia sido esquecido - e das críticas realizadas ao movimento, fundamentalmente baseadas em sua ausência de vocação construtiva, teve grande importância para a arte do século XX.
Fez parte de um processo, observado nesse século, de libertação da arte de valores preestabelecidos e busca de experiências e formas expressivas mais apropriadas à expressão do homem moderno e de sua vida.
Originou-se de um grupo composto por artistas como Tristan Tzara, Hans Harp, Richard Hülsenbeck, Marcel Janko, Hugo Ball e Hans Richter que se encontravam em cafés de Zurique. A idéia inicial era a realização de um espetáculo internacional de Cabaré que contava com músicas diversas, recitais de poesia e exposição de obras.
A maneira como surgiu o nome do evento é sugestiva: por acaso Ball e Hülsenbeck abriram um dicionário de alemão-francês e acabaram se deparando com a palavra dada, que foi posteriormente adotada pelo grupo e pelo movimento que daí surgiria. A brochura “Cabaret Voltaire“, a inauguração da “Galeria Dada“ em 1917 e as