Dadaísmo
Dadaísmo
12/03/2014
Introdução
Na Europa não houve uma arte moderna uniforme. Houve, sim, um conjunto de tendências artísticas, muitas vezes provenientes de países diferentes, com propostas específicas, embora as aproximassem certos traços, como o sentimento de liberdade criadora, o desejo de romper com o passado, a expressão da subjetividade e certo irracionalismo. Paris era o grande centro cultural europeu da época e de onde as novas ideias artísticas se irradiavam para o resto do mundo ocidental. Essas tendências que surgiram na Europa antes, durante e depois da Primeira Guerra Mundial, receberam o nome de correntes de vanguarda.
Dadaísmo: a antiarte
Durante a Primeira Guerra Mundial, a Suíça, mantendo-se neutra no conflito, recebe artistas e intelectuais de todos os pontos da Europa. Abrigando-se em Zurique, alguns desses “fugidos da guerra” reúnem-se no Cabaret Voltaire, ponto de encontro e espaço cultural onde nasce o movimento dadaísta. Não durou muito, pois teve seu fim em 1920. Criado a partir do clima de instabilidade, medo e revolta provocado pela guerra, o movimento dadá pretendia ser uma resposta nítida a decadência da civilização representada pelo conflito. Daí provem a irreverência, o deboche, a agressividade e ilogismo dos textos e das manifestações dadaístas. Os dadás entendiam que, com a Europa banhada em sangue, o cultivo da arte não passava de hipocrisia e presunção. Por isso, adotaram a postura de ridiculariza-la, agredi-la, destruí-la. Muitas foram as atitudes demolidoras dos artistas dadaístas a partir de 1916: noitadas em que predominavam palhaçadas, declamações absurdas, exposições inusitadas, além dos espetáculos-relâmpago que faziam de improviso nas ruas, em meio a urros, vaias, gritos, palavrões e à total incompreensão da plateia. Quanto às obras artísticas, especificamente, é pequena a produção do Dadaísmo Suíço. Mas o movimento foi reforçado