O CRISTIANISMO ATRAVÉS DOS SÉCULOS - "UMA HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ" DE EARLE E. CAIRNS
CRISTIANISMO
ATRAVÉS DOS
SÉCULOS
UMA HISTÓRIA DA IGREJA
CRISTÃ
EARLE E. CAIRNS
REFORMA E CONTRA-REFORMA,
1517-1648
CAPÍTULO 28
A REFORMA NA SUÍÇA
A Suíça era o território mais livre da Europa ao tempo da Reforma, embora integrasse formalmente o Santo Império Romano. Já em 1291, os cantões livres de
Schwyz, Uri e Unterwaiden formavam uma união federal em que cada um ia se desenvolver livremente como república auto-governada. Por ocasião da Reforma já eram 13 os cantões da confederação.
Por causa de seu sólido espírito democrático, os mercenários suíços eram requisitados em toda a Europa. Foram eles que encheram os exércitos que o papado organizou para defender os seus interesses pela força das armas.
Como cada cantão tinha todo o encargo dos negócios locais, o seu governo estava livre para aceitar a forma de religião que quisesse. Por isto, a Reforma na
Suíça foi acompanhada de dispositivos legais estabelecidos por governos locais democraticamente eleitos.
As cidades suíças eram também centros de cultura e nelas o humanismo se estabeleceu. Basileia tinha uma universidade de renome; foi lá que o grande
Erasmo editou o seu Novo Testamento grego. Por causa disto, a Reforma Suíça teve no humanismo uma de suas maiores fontes.
Três tipos da teologia da Reforma se desenvolveram nos territórios suíços. Os cantões do norte, de fala alemã, seguiram Zwínglio. Os do sul, liderados por
Genebra, seguiram Calvino. E os radicais da Reforma, conhecidos como anabatistas, formaram uma facção extrema daqueles que, antes, tinham trabalhado com Zwínglio. De Zurich, o movimento anabatista alcançou toda a Suíça, a
Alemanha e a Holanda, onde, sob a liderança de Menno Simmons, solidificou-se mais. l. A REFORMA DE ZWÍNGLIO NOS CANTÕES ALEMÃES DO
NORTE DA SUÍÇA
Huldreich Zwínglio (1484-1531) pertence também à primeira geração de reformadores. Com ele, as forças descontentes com Roma se uniram para uma reforma da igreja. Seu pai era