O cotidiano da morte no Brasil oitocentista

755 palavras 4 páginas
O COTIDIANO DA MORTE NO BRASIL OITOCENTISTA João Jose reis No Brasil, especialmente na Colônia e Império, constatamos uma preocupação com o “bem morrer” e esta é a base para os estudos como o de João José Reis acerca das atitudes perante a morte. O medo do Além e o desejo de uma Boa Morte são questões sobre as quais muito se pensava falava e escrevia e em torno das quais se realizavam ritos, criavam-se símbolos e movimentavam-se devoções e negócios. A prática de morrer está envolta em muitas ações e o testamento é o fragmento que marca historicamente a passagem para outra vida. Portanto, pensar o morrer não paralisa o sujeito, pelo contrário, trava-se o embate em meio a diversas expectativas, pois há uma luta cotidiana para que o indivíduo se projete para o outro mundo.
A morte é um tema presente na vida dos homens, seja implícita ou explicitamente. Em algumas épocas foi celebrada, exaltada, amada e, em outras, provocou medo, temor e inquietação. Presente ou camuflada, a morte habita a vida e as ações humanas. O medo e o desejo de uma boa morte leva as pessoas a deixarem em testamentos dinheiro para missas e rezas e também para pagar alguma divida que não tivesse tido tempo para acertar em vida e deixam também escrito algumas promessas para que sejam cumpridas após a sua morte.
As certezas e as artes do morrer podiam ser aprendidas se os ensinamentos fossem uma constante desde cedo, o que daria maneiras de assegurar a paz eterna alcançando a boa morte. Para tanto, era preciso viver plenamente e na hora do adeus serem cumpridas todas as etapas do processo que cercava o fim da vida.
A Igreja Católica ensinava aos seus fiéis que, na terra, devia-se preparar a morte para escapar do demônio e do purgatório. No Período Colonial, no Brasil, os rituais fúnebres seguiam as deliberações do Concílio de Trento que, dentre outras iniciativas, visava regulamentar os costumes mortuários e os registros dos óbitos nas

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