Romance histórico
Sílvia Aparecida José e Silva[i]
Campinas experimentou um grande desenvolvimento econômico, social e cultural no final do século XIX. Naquele período, surgiram jornais, almanaques, gabinetes de leitura, livrarias e biblioteca. A cidade ostentava a prosperidade de seus moradores com investimentos na área cultural, havia espetáculos teatrais e saraus, a leitura fazia parte do cotidiano de muitos campineiros, pois podiam acompanhar diversas narrativas nos folhetins publicados nos periódicos locais, além da possibilidade de compra ou empréstimo de livros, seja no Gabinete de leitura, biblioteca ou livrarias. Além de contarem com os almanaques que, também, traziam poesias e narrativas de ficção. O cenário era favorável às divulgações literárias, que cresciam dia após dia. Havia na cidade os periódicos: Gazeta de Campinas e Diário de Campinas e o Almanaque de Campinas, que se revelaram importantes meios de informação e comunicação entre a população da região no período de 1869 a 1900. O jornal Gazeta de Campinas foi um empreendimento do bacharel em direito, poeta e jornalista Francisco Quirino dos Santos, e de seu sogro Joaquim Roberto de Azevedo Marques. Era o único jornal a circular em Campinas em 1869. A princípio era impresso com freqüência bissemanal, a partir de 1876 tornou-se diário. O Diário de Campinas foi fundado por Antonio Sarmento, Henrique de Barcelos e José Gonçalves Pinheiro. A princípio a iniciativa recebeu o título de A Mocidade, com publicação semanal, que encontrou boa aceitação em meio ao público, após um curto período de tempo passou para o jornal das terças e sextas-feiras. Um ano depois, 1875, recebeu um novo nome, Atualidade. Mas esse título durou pouco tempo, em 19 de setembro de 1875 passaria a ser Diário de Campinas. O primeiro dos almanaques foi impresso pela tipografia da Gazeta de Campinas, Almanak de Campinas para 1871.