O cortiço
Movimento Realismo/Naturalismo
O Realismo apartir da segunda metade do século XIX é caracterizado pelas mudanças que ocorreram no ambiente social da Europa, onde houve a consolidação do poder da burguesia e o crescimento proletariado. Surgiu na França em 1881, com a publicação do romance Madame Bovary, de Gustave Flaubert. Os escritores realistas começam a destacar as idéias positivistas e republicanas, demonstrando o que verdadeiramente acontecia, sem a idealização dos românticos e basea-se na trama psicológica.
O Naturalismo é um Realismo exagerado no cientificismo (tendência a se explicar tudo através de teorias cientificas, único conhecimento), e o movimento ancorou-se basicamente em duas teorias importantes do século XIX: o Determinismo (Hippolyte, 1825-1893) diz que o comportamento humano é determinado pela hereditariedade, pelo meio e pelo momento; e Evolucionismo (Charles Darwin, 1809-1882) defende a tese de que o homem descende de animais e que a seleção natural impulsionava as transformações dessas espécies.
O desenvolvimento cientifico fez com que o idealismo e o tradicionalismo fossem substituídos pelo materialismo e racionalismo. Este método passou a ser o meio de análise e compreensão da realidade, utilizadas para explicar os problemas sociais ( onde o autor passa a ser um critico social).
Os autores Naturalistas criavam narradores oniscientes, impassíveis para dar apoio à teoria na qual acreditava. Explorava temas como os homossexualismos, o incesto, o desequilíbrio que leva a loucura, criando personagens que eram dominados por seus extintos e desejos, pois viam no comportamento do ser humano traços de sua natureza animal.
É nesse contexto Realista Naturalista que surge O cortiço, obra de Aluísio de Azevedo publicada em 1890, sendo sua maior expressão no Brasil. É uma tese determinista, e mostra como o homem é suscetível a forças maiores que ele. Com diversos personagens marcantes que vão se corrompendo no decorrer da