O Cortiço - Literatura
Aluíso Tancredo Belo Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís do Maranhão, em 1857, e morreu em Buenos Aires, 1913. Aos dez anos escrevia uma tragédia em versos, quando representava com os meninos da vizinhança as peças que seu irmão Artur (Azevedo) compunha desde os nove anos. Aluíso era pintor e cenógrafo ao mesmo tempo. Já começava a manifestar a sua grande paixão pela pintura. Caixeiro aos 15 anos é, como Artur, muito influenciado pela inteligência de sua mãe, que cuidava da educação literária dos filhos, obrigando-os a ler em voz alta para ela ouvir.
Aos 19 anos, jovem belíssimo, Aluíso deixa São Luís do Maranhão para tentar a vida na Corte. Aí frequenta a Imperial Academia de Belas-Artes e estreia como caricaturista no O Fígaro, com a charge “Os trinta botões”, em que ridiculariza Bordalo Pinheiro. Em 1878, com a morte do pai, volta a São Luís e começa a escrever, sob o pseudônimo de Pitibri, no período humorístico e ilustrado A Flecha e no jornal anticlerical O Pensador. Em 1880 funda a Pacotilha, o primeiro jornal diário de São Luís.
Em 1881 volta para a Corte, para tentar a vida na imprensa. Em 1891 é nomeado oficial-maior da Secretaria de Negócios do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Em 1895 faz concurso, na Secretaria do Exterior, para cônsul de carreira, obtendo distinção, é nomeado vice-cônsul em Vigo. Em 1897 é eleito para Academia Brasileira de Letras (cadeira nº4) e é removido para o vice-consulado de Iocoama. Nesta ocasião vende sua propriedade literária a H. Garnier, por dez contos de réis.
A sua carreira diplomática é bastante acidentada, ate que, já como cônsul de primeira classe em Assunção, sem prejuízo das funções consulares, o Barão do Rio Branco lhe confere o posto de adido comercial junto às lega¬ções do Brasil na Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai. Em 193, morre de miocardite em Buenos Aires. Seu único filho, Pastor Azevedo Luquez, tem obras escritas em português e espanhol.
Bibliografia
Uma Lágrima de Mulher