O corpo dos supliciados
Curso de Direito
Davi Sousa Sena Batista
Atividade Avaliativa
Michel Foucault: Vigiar e Punir
Feira de Santana
2013.1
Faculdade Anísio Teixeira
Curso de Direito
Davi Sousa Sena Batista
Atividade Avaliativa
Michel Foucault: Vigiar e Punir
Trabalho apresentado à disciplina de Antropologia Jurídica, ministrada pelo professor Luís Alberto, como pré-requisito para obtenção de nota parcial da 2ª Unidade.
Feira de Santana
2013.1
Tópico de Análise Nº 1
Considerando as transformações no processo punitivo estudadas por Michel Foucault, apresente como o corpo humano foi tratado neste período, caracterizando a tecnologia política do corpo.
Segundo Foucault (2009), o corpo humano era o alvo principal da repressão penal, em um ritual de execução (o suplício), onde alcançaria a regeneração mediante tortura até a morte, sofrível e dotada de tamanha violência e ferocidade que acabava por inverter os papéis entre aquele que executava a pena e o que era submetido a sua aplicação, onde, nas palavras do autor, faziam deste um personagem digno de piedade e admiração, transformando em glória a sua vergonha e em infâmia a violência legal do executor, fazendo o carrasco se parecer com criminoso e os juízes com assassinos.
Então, com a finalidade de não mais ser visto como autor de tais atos, a justiça utiliza-se de outros meios de punição, e de acordo com Foucault, surge então, gradualmente, um novo tipo de funcionamento dos mecanismos punitivos, sem espetáculo e sem dor, e ainda que a algumas formas de punição do corpo continuem a ser utilizadas em conjunto com as formas de castigo (redução alimentar, privação sexual, expiação física, masmorra) o corpo deixa de ser o principal alvo das punições, doravante a alma, uma realidade incorpórea, passará a sê-lo.
Assim sendo o corpo torna-se um intermediário nessa nova etapa do desenvolvimento do sistema punitivo, sua regeneração passa a alcançada através de um processo de readaptação