O corpo como valor
A Civilização das Formas: o corpo como valor
Na sociedade atual, o corpo se tornou a identidade do indivíduo. Exagerado “culto ao corpo”. O corpo é usado como meio de expressão ou representação do eu. A busca pelo corpo perfeito através da malhação excessiva assim como as modificações corporais (usar o corpo como obra de arte) através de tatuagens, piercings e outras técnicas artísticas, vêm ganhando cada vez mais adeptos. Alguns acham essas técnicas como “loucura”, mas não podemos esquecer que as famosas e mais comuns cirurgias plásticas também são agressivas. O corpo, que antes era algo pessoal, escondido e preservado, virou objeto de exibição e glorificação. Vivemos um período de afrouxamento moral nunca visto antes. Libertação física e sexual. A exposição do corpo exige o controle de sua aparência física, “boa forma”. A mídia, em geral, é uma grande responsável por essa obsessão pelo corpo e rostos perfeitos; as atrizes, modelos, etc, formam o “novo padrão de beleza”, atingindo os mais simples mortais. As pessoas mostram um medo, um receio muito grande em mostrar o corpo, quando estão fora desse padrão. Hoje em dia, ficar nu não é mais considerado tão indecente quanto a exibição de um corpo fora de forma ou mal vestido. A gordura, flacidez, moleza, são tomadas como símbolo do desleixo, indisciplina, preguiça, falta de investimento do indivíduo em si mesmo. Gordura é comparada a doença grave. Esta cobrança pelo corpo perfeito, pode levar as pessoas à perda da vontade de viver, depressão, abalos no sistema nervoso, privação afetiva ou até mesmo a morte. Infelizmente, o corpo virou o mais belo objeto de consumo. A obrigação de ter um corpo perfeito e dentro dos atuais padrões é primordial para ser feliz no lado amoroso quanto social. Ser malhado, bonito e bem vestido, é hoje um sinal de virtude