Sama lada
O impulso da citricultura no Brasil, especialmente em sua principal região produtora – São Paulo -, deveu-se à instalação das indústrias de suco de laranja concentrado na década de 60. Sua implantação e sua expansão nesse estado proporcionaram o desenvolvimento do maior parque citrícola do mundo. Desde o início, o destino da produção era o mercado internacional.
Na década de 90, o panorama citrícola do Brasil e o do suco de laranja no mercado mundial apresentaram profundas modificações. A Flórida recuperou seus pomares e os Estados Unidos passaram a depender cada vez menos do suco brasileiro. As cotações internacionais desse produto caíram bastante, provocando baixa dos preços recebidos pelos citricultores. E, paralelamente, o plantio acelerado na década de 80 gerou excedentes de oferta de matéria-prima. Diante desse novo panorama, o mercado interno de frutas cítricas representou uma alternativa para escoar os excedentes da produção paulista. O volume duplicou na década de 90. Além disso, o Brasil mudou sua rota de exportação do suco para o mercado europeu. Atualmente, responsável por 70% das exportações brasileiras.
No final da década de 90, a produção citrícola, principalmente a paulista, destina-se: 70% à produção do suco concentrado e congelado voltado o mercado internacional; 28% à comercialização da fruta ou suco no mercado doméstico; e, o restante à exportação da fruta in natura. 1. Produção, Distribuição Geográfica e Produtos
Analisando as últimas estatísticas, nota-se que o Brasil se mantêm como o maior produtor mundial de laranja desde o início da década de 90, especialmente o estado de São Paulo, responsável por cerca de 35% da produção total (FAO, 1998). O segundo maior
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produtor é os Estados Unidos, com 20% do total (principalmente o estado da Flórida). Esses dois estados produtores de laranja concentram mais de 50% da produção mundial de laranja. Os demais