O cordel e a xilogravura
A xilogravura é uma técnica utilizada na confecção de gravuras a partir de desenhos esculpidos na madeira e por se tratar de alternativa de baixo custo era utilizada em rótulos de bebidas, folhetos e almanaques. A partir da década de 50 as xilogravuras foram introduzidas no cordel devido ao seu baixo custo, para torna-lo mais atraente, chamando a atenção, principalmente do público analfabeto, pois, sua simplicidade e clareza facilitou no entendimento das histórias.
As xilogravuras combinadas com as poesias dos folhetos de cordel tem uma potencialidade muito abrangente devido às possibilidades que o desenho traz.
Alternativa acessível para o poeta pobre demorou algum tempo para criar uma personalidade própria, mas, pegou. Esta relação criou uma união de duas artes que representam um importante legado do imaginário popular, uma união que deu a ambos destaque e levou a xilogravura ao status de arte que através de intelectuais e pesquisadores deu projeção a muitos xilogravuristas e cordelistas ( J. Borges, José Costa Leite, José Altino, Severino Borges, Apolônio Alves dos Santos, Dila, Patativa do Assaré, Arievaldo Viana Lima entre outros) alguns desses com fama internacional tendo seus trabalhos expostos na Europa e nos Estados Unidos e os cordelistas tornando-se inclusive tema de Doutorado.
As xiligravuras de cordeal ganharam destaque e mais popularidade nas aberturas de novelas como Roque Santeiro e Cordel Encantado.
Posso concluir que a união destas duas artes, nasceu da necessidade de artistas populares e pobres em adaptarem suas necessidades em atingir um número maior de público a custos acessíveis para os conceitos da região, porem nem os poetas tinham noção da dimensão que se criaria com a simplicidade e qualidade das