Trabalho
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Somente em fins do século XIX, a literatura foi trazida para o Brasil por colonizadores europeus, onde através de folhetos impressos que circulavam principalmente nas zonas rurais o trabalho iria sendo cada vez mais divulgado e apreciado pela população. Ressaltando que os cordéis sobressaíram-se e sua concentração maior foi na Região Nordeste especialmente nos estados de Pernambuco, Bahia, Ceará e Pará, devido ao enfoque no regionalismo que se referiam na maioria das vezes aos feitos dos cangaceiros, sertanejos e os problemas sociais que os cercam.
A xilogravura – arte de gravar em madeira – é de provável origem chinesa, sendo conhecida desde o século VI. No Ocidente, ela já se afirma durante a Idade Média, através das iluminuras e confecções de baralhos. Mas até ai, a xilogravura era apenas técnica de reprodução de cópias. Só mais tarde é que ela começa a ser valorizada como manifestação artística em si. No século XVIII, chega à Europa nova concepção revolucionária da xilografia: as gravuras japonesas a cores. Processo que só se desenvolveu no Ocidente a partir do século XX. Hoje, já se usam até 92 cores e nuanças em uma só gravura.
Aspecto de grande importância do Cordel é, sem dúvida, a xilogravura de suas capas. Sabe-se que o cordel antigo não trazia xilogravuras. Suas capas eram ilustradas apenas com vinhetas – pobres arabescos usados nas pequenas tipografias do interior nordestino. A partir da