Relação entre xilogravura e cordel
XILOGRAVURA
É uma técnica de gravura, na qual se utiliza madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem talhada em papel ou algum outro suporte. Em seguida usa-se um rolo de borracha molhado em tinta, tocando só as partes elevadas do entalhe. O final do processo é a impressão em alto relevo em papel ou pano especial, que fica impregnado com a tinta, revelando a figura.
É conhecida desde o século VI. Ao final do século VIII começou-se a utilizar uma madeira mais dura e marcar os desenhos com um novo instrumento que era usado para gravura em metal. Esse novo instrumento dava uma maior definição ao traço e diminuía os custos para as impressões.
LITERATURA DE CORDEL
Cordel é uma poesia popular escrita de forma rimada com 6,8 ou 10 versos por estrofe, que trata de assuntos do cotidiano do artista, variando entre a crítica social e política e assuntos de teor picante e cômico, bem ao gosto popular. Inicialmente era transmitida de forma oral e os cordelistas até hoje a recitam de modo bem peculiar, com muita animação e empolgação, às vezes acompanhados da viola.
Essa poesia se chama “de cordel” porque quando passaram a ser impressas em folhetos, sempre rústicos e simples, eram expostos para venda em barbantes e cordas, daí o nome cordel. O que é interessante é que o cordelista quando quer vender um livreto novo, começa a declamar efusivamente, envolvendo os transeuntes, que querem conhecer o final da história. É nesse momento, no ponto mais interessante da narrativa, que o declamador diz: “e quem quiser saber o final que leve o cordel”. E está feita a venda.
RELAÇÃO ENTRE XILOGRAVURA E LITERATURA DE CORDEL
A xilogravura popular é uma permanência do traço medieval da cultura portuguesa transplantada para o Brasil e que se desenvolveu na literatura de cordel. Foi a partir da década de 50 que ela passou a ser usada como capa de cordel. Para que o cordel tivesse uma