O cooperativismo: uma breve reflexão teórica
UMA BREVE REFLEXÃO TEÓRICA
No que se refere ao cooperativismo e as cooperativas, trata-se de um fenômeno pouco compreendido até pelos economistas, dos quais tem uma concepção inadequada, dando ênfase aos aspectos doutrinários, e por vezes sob a ótica da empresa privada.
Equivocadamente tem-se uma visão de que o cooperativismo está ligado ao ato de cooperar e que seria inerente a natureza humana, mais ainda, que até os animais cooperam entre si.
Na verdade cooperativismo é um movimento social q foi de encontro ao liberalismo capitalista do século XIX, como uma forma alternativa da classe trabalhadora em buscar melhores condições de vida, buscando dessa forma a sobrevivência.
Sob a influencia de grandes filósofos como Robert Owen e Willin King, é que surgem as associações, os sindicatos, os partidos políticos da classe trabalhadora e em destaque as cooperativas, principalmente a Cooperativa dos Probos Pioneiros de Rochdale, onde 28 tecelões juntaram 28 libras e abriram seu armazém cooperativo em 21 de dezembro de 1844 na Inglaterra, inicialmente oferecendo pequenas quantidades de farinha de trigo, açúcar, manteiga e de aveia, posteriormente chá e fumo foram oferecidos, apesar de enfrentarem inúmeras dificuldades como a chacota da população, não se abalaram e seguiram em frente. Foi a pioneira cooperativa, neste caso de consumo, que obteve um significativo sucesso na época. A grande regra que os tecelões fizeram foi a de destinar um percentual das sobras líquidas à educação dos próprios cooperados a chamada “regra de ouro”. Criaram uma biblioteca, onde podiam em alguns dias da semana receber uma instrução tão valiosa que é ato de poder ler e absorver informações dos livros, o que contribuía e muito para o crescimento moral e espiritual dos cooperados. Tanto que seus princípios servem de base até os dias de hoje dentro dos estatutos das cooperativas. Por outro lado se percebe que esses princípios estão sendo desvirtuados da sua