Cooperativismo e autogestão
Elcio Gustavo Benini1
Leonardo Francisco Figueiredo Neto2
Edi Augusto Benini3
Ricardo Pereira de Melo4
Resumo: O objetivo deste artigo é propor uma reflexão sobre a Economia Solidária e o atual contexto no qual está inserida como alternativa da classe operaria e/ou como política pública, sua relação com as diferentes formas de cooperativas e, não obstante, uma breve e indireta abordagem teórica sobre o tema autogestão. Grosso modo, parte-se de uma preocupação que suscita pelo caráter funcional que a Economia Solidária vêm assumindo, principalmente como política pública na geração de “trabalho” e renda e, pela banalização da própria palavra autogestão.
Neste trabalho, foram articulados e discutidos pesquisas e artigos científicos sobre Economia Solidária, cooperativismo, autogestão e políticas públicas, além de pesquisas realizadas pelos autores em outros momentos, conjuntamente com a análise de alguns estudos de casos apresentados em revistas cientificas, tendo por objetivo clarear a reflexão e a linha argumentativa. Contudo, tem-se que a Economia Solidária, que se baseia nos princípios cooperativistas, e que assume a personalidade jurídica de cooperativa, concorre com diferentes projetos de cooperativas, sendo esses projetos apresentados com interesses antagônicos aos dos trabalhadores. Desta forma, por serem amparadas pela mesma Lei, essas diferentes cooperativas, dificultam o atendimento para as diferentes demandas sócio-políticas na formulação de políticas públicas, ficando assim a bandeira de cunho socialista – que vem sendo advogada nos encontros e em muitos textos sobre Economia Solidária – fragmentada no meio de projetos e organizações com dimensões e funcionalidades distintas.
Palavras-chaves: Economia Solidária. Cooperação. Burocracia.
Abstract: The objective of this article is propose a reflection about the Solidary Economy and the current context in which it is