O Contrato Social

RESENHA

Livro: O Contrato Social
Autor: Jean-Jacques Rousseau
Tradução: Paulo Neves
Editora: L&PM Pocket

Jean-Jacques Rousseau nasceu em 28 de junho de 1712 em Genebra na Suíça, em uma família de origem francesa. A presente obra influenciou diretamente a Revolução Francesa e, portanto, os rumos da história. É considerado um dos principais textos fundadores do Estado Moderno e foi escrito em meio a uma Europa de maioria monárquica que defendia a legitimidade sobrenatural dos governantes. Podemos afirmar que dos desdobramentos do pensamento do autor na obra, o mais importante foi a criação do conceito de Vontade Geral que de uma forma bem simples, quer dizer que, uma vez que os indivíduos se emancipem e gerem contratualmente a sociedade que pertencerão, segue-se que a voz de comando em todos os assuntos de interesse coletivo tem que ser a voz dos que integram o coletivo político e que essa voz não pode ser mais do que a expressão estrita e fiel do querer conjunto de todos os cidadãos. Rousseau desenvolve a obra para explicar a necessidade e o porquê de o homem nascer livre mas revogar essa condição, uma vez que a liberdade é o maior bem que se pode ter e sua perda significa a renúncia à qualidade de homem e aos direitos do mesmo. Ele rejeita a força como motivo para a abstenção da liberdade, a não ser que o mais forte a transforme em direito, mas isso não seria aceito por todos e nem se perpetuaria no tempo. As convenções então seriam a base de toda autoridade legítima entre os homens, sendo a melhor de suas formas a renúncia por parte de todos de suas liberdades e de seus direitos, pois submetendo-se cada um a todos, não se submete a ninguém em específico. Essa associação teria por fim conservar a todos os homens, que unindo-se comporiam um corpo moral e coletivo. Esse corpo seria composto por um soberano, e sua vontade seria a representação da vontade geral, não sendo esta contrária a de seus súditos, seus membros. Cada indivíduo pode vir a ter