O conhecimento para Descartes
Descartes, um filósofo racionalista, defende que a razão é a origem e a forma mais confiável do conhecimento.
Tanto Descartes quanto Hume pensaram sobre a questão da origem do conhecimento.
Descartes acreditava que Deus é perfeito e, portanto, não pode ser falso. Logo, para Descartes, se Deus é verdadeiro, o erro é contrário à sua natureza.
Um problema advindo do pensamento de Descartes (que visava pôr em dúvida qualquer afirmação) era o questionamento de como poder compreender o mundo se não podemos estar certos de que o próprio mundo realmente existe? A partir daí, Descartes parte do princípio de que como temos a condição de conhecer as leis e ideias, portanto as coisas existem devido ao fato de podermos percebê-las. Mas confiar nessa afirmação seria confiar apenas em nossos sentidos. Descartes responde que as ideias distintas e claras devem ser dignas de confiança, já que o princípio da verdade de Deus não permite que aquilo que é produzido pela mente seja falso.
Descartes coloca que a chave para obtermos o conhecimento, como já foi dito, é a razão. Em sua obra Discurso do Método (1637), Descartes nos mostra as quatro etapas constituintes do método através do qual, acredita ele, podemos alcançar o conhecimento acerca do mundo, método este que viria a ser conhecido como “método cartesiano”. Seriam as quatro etapas do método: a verificação das evidências reais acerca do objeto a ser estudado; a análise do objeto, dividindo-o em tantas partes quantas forem possíveis e necessárias; a síntese, ou reunião das elaborações das partes mais simples; e a enumeração coesa das descobertas.
Descartes é considerado o primeiro filósofo moderno, e o método que ele criou foi muito importante para o desenvolvimento das ciências naturais.