A BUSCA PELO CONHECIMENTO SEGUNDO DESCARTES, HUME E KANT
Desde o inicio da história da filosofia, os filósofos se perguntam: Somos capazes de conhecer a verdade? É possível ao sujeito apreender o objeto? Foi com essas perguntas que começaram a surgir várias correntes filosóficas que visavam propor uma linha de investigação de o que é o conhecimento e como poderíamos chegar de fato a ele. E com essas preocupações os filósofos dos seculos XVII e XVIII formularam duas vertentes para investigar esse tema: o empirismo, que defende que todas as nossas ideias são provenientes de nossas percepções sensoriais (visão, audição, tato, paladar e olfato), ou seja, a origem do conhecimento está na experiência sensível; e o racionalismo, defende o conhecimento pela razão, ou seja, realça a importância do conhecimento pela razão, enfatizando a existência de ideias fundadoras do conhecimento. No século XVII, ocorreu um processo que subverteu a imagem do ser humano e do mundo que o cercava, pois com o desenvolvimento da física e da matemática, portanto essa revolução científica quebrou muito o modelo de inteligibilidade do aristotelismo, que estava preocupada com questões acerca da natureza do mundo; o sujeito não tinha lugar central na filosofia; o homem usava o intelecto para conhecer as coisas, e não ele mesmo, que levou os pensadores dessa época a indagar a questão do método, que centraliza as atenções não apenas no conhecimento do ser, metafísica, mas sobre tudo no problema do conhecimento, surgi a teoria do conhecimento. Então os filósofos desse período se caracterizam pela atitude realista, no sentido de inverter o polo de atenção, ao centralizar no sujeito a questão do conhecimento.
DESENVOLVIMENTO
René Descartes(1596-1650), o “pai da filosofia moderna”, tem como ponto de partida a busca de uma verdade primeira que não possa ser posta em dúvida, por isso converte a dúvida em método. Começa duvidando de tudo, das afirmações do senso comum, dos argumentos da autoridade, do testemunho dos sentidos, das