Conhecimento e método para Descartes e Hume
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O que é conhecimento e método para Descartes e Hume? Para Descartes o conhecimento é o buscar reconhecer a essência das coisas. Este conhecimento é universal e verdadeiro. Assim, todas as coisas têm um corpo e uma alma; o corpo, sujeito a mudanças, a alma, constante. O conhecer é investigar a respeito dessa alma das coisas. Conhecer é conhecer a essência. Para alcançar esse conhecimento, o sujeito deve partir da razão. Se um não é capaz de alcançá-lo, então ela é falha. Não é necessário que se siga os conhecimentos recebidos, ao sujeito é suficiente que siga o bom senso, já que o homem é racional. Descartes considerava a razão natural e julgando que ela está mais bem expressa nas ciências exatas, usa um método matemático para explicar seu sistema filosófico. Descartes postulava que a verdade seria encontrada se o sujeito voltasse para dentro de si e se separasse de tudo, ou seja, sem ideias preconcebidas por outros e sem levar em conta os costumes. No Discurso do Método (1637), Descartes concebe seu método o qual tem quatro preceitos:
1. O primeiro é o preceito da dúvida. Não se deve admitir nada como verdadeiro se sobre ela há qualquer dúvida. Deve-se evitar todo pré-conceito e toda “precipitação” e só tomar por verdadeiro aquilo que é claro e distinto, aquilo do qual não se pode duvidar.
2. O segundo é o da análise. Aqui, deve se dividir o objeto de observação em quantas parcelas for possível para que possam ser analisadas com a atenção propícia.
3. O terceiro, da síntese. Este se divide em duas partes: a primeira delas é identificar as parcelas em que foi dividido o objeto; a segunda, pensar o objeto de estudo como um todo. Em suas palavras, a síntese é “concluir por ordem meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer para, aos poucos, ascender, como que por meio de degraus, aos mais complexos”.
4. Por fim, o quarto preceito é o do teste. Deve-se experimentar se o conceito é de fato correspondente ao objeto.