O compromisso do profissional
"O velho do resteio" Camões
Mas um velho, de aspeito venerando,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes a cabeça, descontente,
A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
Cum saber só de experiências feito,
Tais palavras tirou do experto peito:
"-Ó glória de mandar, ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
Cúa aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles exprimentas!
Dura inquietação d' alma e da vida,
Fonte de desemparos e adultérios,
Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios!
Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
Sendo dina de infames vitupérios !
Chamam-te Fama e Glória soberana,
· Nomes com quem se o povo néscio engana-se.·
·
·
· Narrativa, geralmente em verso, de uma ação grandiosa e heróica;
· · Expressão das façanhas ou do espírito de um povo;
· · Narrador, por vezes, distanciado da história contada a um narratário/recetor;
· · Tratamento objetivo do sentimento evocado;
· · Temática assente numa história heróica com a ação humana a ultrapassar os parâmetros frequentes;
· · Tom grandiloquente, de exaltação;
· · Valorização dos heróis e dos seus feitos;
· · Uso de vocabulário erudito.
·
· texto epico.
· Se você é capaz de manter sua cabeça
· quando todos ao seu redor às estão perdendo e culpando você.
· Se você pode confiar em sí mesmo quando todos os outros duvidam mas você.
· Se você é capaz de esperar sem cansar-se pela espera,
· ou ser mentido, mas não mentir,
· ou ser odiado, não se deixando consumir pelo ódio,
· e ainda assim não parecer tão