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Desde os primórdios do Brasil prevaleceram no país os métodos da colonização portuguesa, baseados na concessão de enormes extensões de terra, as sesmarias, a beneficiários "de posses", ou seja, que dispusessem de capitais para investir na produção açucareira. A alta concentração fundiária, o sistema de latifúndio, que já marca, portanto, os começos da exploração agrícola, atravessa praticamente intacto os vários ciclos da história brasileira.
Ocupação da terra no Brasil (Colônia e Império)
- Divisão do Brasil em capitanias (Coroa portuguesa transferia para particulares a responsabilidade de ocupar e explorar determinadas áreas). O sistema já havia sido utilizado com sucesso na colonização de outros territórios sob domínio português, como as ilhas Madeira, Cabo Verde e Açores.
Brasil foi dividido em 15 grandes extensões de terra, distribuídas entre funcionários da corte e a pequena nobreza de Portugal. Os donatários (os que recebiam as capitanias) tinham o "senhorio" sobre as terras, sendo obrigados a povoar e desenvolver economicamente o território.
Donatários concedem sesmarias (porções de terras destinadas à produção) a terceiros. O sistema de sesmarias havia sido instituído em Portugal no século 14, em meio à grave crise socioeconômica da Baixa Idade Média.
Os sesmeiros tinham o prazo-limite de cinco anos para cultivar as terras, podendo perdê-las se não cumprissem a legislação.
Entre os séculos 16 e 18, as capitanias voltaram, pouco a pouco, para o domínio da Coroa portuguesa.
Em 1759, as capitanias hereditárias foram extintas e o Brasil passou a se dividir em capitanias reais, doadas a fidalgos e religiosos portugueses.
Até a Independência o território foi continuamente repartido entre particulares.
Após 1822, o ritmo das ocupações permaneceu inalterado, com muitas terras ocupadas de forma ilegal, especialmente com a expansão das grandes fazendas produtoras de café.
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