O como negro um cidadão invisível.
O como negro um cidadão invisível.
Evandro C Pizza Duarte, autor do artigo ‘O Negro: este cidadão invisível’ propõe uma discussão do enraizamento do racismo atual nas ideias iluministas. Expondo a problemática da invisibilidade e do reconhecimento das populações negras no âmbito do conhecimento científico, o autor faz uma retrospectiva histórica a fim de demonstrar como isso foi construído a partir de uma cultura escravista e refutado a partir da Modernidade.
Divididas em duas principais invisibilidades históricas, a primeira acontece com o advento positivista, onde o Cientista-Método ao ignorar o humano por detrás do objeto de estudo, produz uma invisibilidade do homem para com o homem. Enquanto a segunda está na forma de ser com as solidariedades e esquecimentos sociais. Neste ponto Evandro Duarte questiona “O louco que estamos oprimindo nas grades dos manicômios não seria esse bisneto dos africanos?”.
Na abordagem científica o artigo ressalta que apesar de reconhecermos a importância de se discutir as questões que envolvem o discurso racional, não estamos dispostos a rever nossas concepções.
O racismo velado com o qual convivemos atualmente, reflete em muito a cultura eurocêntrica moderna, onde a palavra de ordem era civilizar os bárbaros. Os europeus, como civilização moderna, superior e desenvolvida, deveria salvar o colonizado, o escravo.
O período moderno mostra claramente diversas contradições quanto a visão social perante o negro. Enquanto os escravos eram vistos como mercadoria, podendo ser objeto de hipoteca, eram dotados de capacidade para praticar e responder por seus crimes. Negar aos escravos o direito de reagir contra a violência da escravidão sempre foi a premissa básica desse processo.
A invisibilidade do cidadão negro foi construída historicamente e faz parte da identidade nacional. A postura comumente adotada de ignorar a truculência histórica como estratégia para minimiza-la, apenas ajuda a