Estudante
Análise
Belo Horizonte
2013
O objetivo deste trabalho é articular as discussões realizadas em torno do texto juventude e violência no Brasil contemporâneo de Luiz Eduardo Soares (2004) e do documentário assistido em sala denominado Ônibus 174 (2002), dirigido por José Padilha.
O texto trás importantes colaborações no que diz respeito à questão da violência cometida contra jovens brasileiros (pobres e negros) e a invisibilidade e vulnerabilidade a qual esses jovens estão submetidos. Trás ainda as noções do que se trata uma intervenção psicossocial e sócio educativa hoje e do que seria uma prevenção.
Já o documentário mostra cenas do sequestro realizado por Sandro Barbosa do Nascimento, ocorrido em 12 de junho de 2000 no Rio de Janeiro.
O autor aponta para uma vitimização ocorrida contra jovens. Ele caracteriza esse grupo como sendo homens, entre 15 e 24 anos, negros e pobres. Inseridos dentro de um contexto criminal, principalmente o tráfico de armas e drogas, matam seus pares e também são mortos pelos mesmos.
Estes jovens são tratados dentro da sociedade como invisíveis, por serem pobres e também por serem negros. O autor discute esse conceito, o de invisibilidade social, informando que há dois tipos pelos quais se chega este resultado: preconceito e indiferença. No primeiro é dado ao sujeito um estigma, um rótulo pelo qual seu comportamento passa a ser previsível. No segundo, o jovem passa a não existir, é completamente negligenciado pelo outro, fica de fato invisível.
O documentário demonstra exatamente isso. Sandro é um jovem, negro e pobre, que passou toda sua vida invisível diante os olhos da sociedade. Como mostra o documentário, parte da sua vida passou nas ruas, junto a outros adolescentes, na mesma situação que ele.
Aliado a este conceito de invisibilidade está o de vulnerabilidade. O autor descreve alguns fatores que